GLP-1 e Alzheimer: Como o Intestino Pode Proteger o Cérebro

|

Flávia Libonati

O GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1) é um hormônio produzido no intestino logo após a alimentação.
Ele atua no pâncreas, estimulando a liberação de insulina, e também no cérebro, promovendo saciedade e equilíbrio metabólico.

Em medicina, o GLP-1 ficou conhecido por ser a base de medicamentos modernos usados no tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade. Mas a ciência está indo além.

A surpreendente conexão com o cérebro

Estudos recentes sugerem que o GLP-1 também exerce um papel protetor sobre os neurônios.
Ele ajuda a reduzir inflamações cerebrais, melhora o metabolismo da glicose no sistema nervoso e pode diminuir o acúmulo de proteínas tóxicas associadas ao Alzheimer como a beta-amiloide e a tau.

Como estimular o GLP-1 naturalmente

Além dos medicamentos, o corpo pode produzir GLP-1 de forma fisiológica.
Algumas atitudes simples ajudam nesse processo:

  • Comer devagar e mastigar bem estimula receptores intestinais e a liberação do hormônio.
  • Priorizar alimentos ricos em fibras (aveia, legumes, verduras, frutas com casca).
  • Combinar proteínas e gorduras boas nas refeições melhora a resposta hormonal e a saciedade.
  • Evitar picos de glicose. Refeições equilibradas mantêm o metabolismo estável.

O GLP-1 mostra que tudo no corpo está interligado: o que acontece no intestino influencia diretamente a mente.
A boa notícia é que cada refeição equilibrada, cada noite bem dormida e cada passo dado em direção ao autocuidado ajudam a fortalecer esse elo entre corpo e cérebro.