O Que Saber Sobre os Inibidores de SGLT2

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Flávia Libonati

Nos últimos anos, a ciência tem avançado significativamente na busca por tratamentos mais eficazes e seguros para o controle do diabetes tipo 2. Entre os destaques mais atuais na área da diabetologia estão os inibidores de SGLT2, uma classe de medicamentos que vem chamando atenção por seus múltiplos benefícios. Se você nunca ouviu falar deles ou quer entender melhor como funcionam, este post vai te explicar tudo de forma simples e prática!

O que são os inibidores de SGLT2?

Os inibidores de SGLT2 (ou co-transportadores de sódio e glicose do tipo 2) são medicamentos que atuam diretamente nos rins, reduzindo a reabsorção de glicose pelo organismo. Ou seja, eles ajudam a eliminar o excesso de glicose na urina, diminuindo os níveis séricos de açúcar.

Quais os benefícios?

Os inibidores de SGLT2 não apenas ajudam no controle glicêmico, mas também apresentam outros benefícios importantes, como:

  1. Redução do peso corporal: Ao aumentarem a glicosúria (aumento da perda de glicose pela urina), eles acabam contribuindo para a perda de peso.
  2. Proteção cardiovascular: Estudos recentes mostram que esses medicamentos podem reduzir o risco de eventos cardiovasculares, como infarto e insuficiência cardíaca, em pessoas com diabetes tipo 2.
  3. Melhora da saúde renal: Essa classe medicamentosa demostra efeito protetor renal, reduzindo (mas nao zerando por completo) o risco de comprometimento dos rins, algo comum nessa população de pacientes.
  4. Controle da pressão arterial: Muitos pacientes relatam uma melhora na pressão arterial, que frequentemente acompanha o diabetes.

Quem pode usar?

Os inibidores de SGLT2 são indicados para pessoas com diabetes tipo 2, especialmente aquelas que enfrentam dificuldades em atingir o controle glicêmico apenas com dieta, exercício e outros medicamentos.

Possíveis efeitos colaterais

Como qualquer medicamento, os inibidores de SGLT2 podem ter efeitos adversos. Os mais comuns incluem:

  • Aumento do risco de infecções urogenitais, devido à maior eliminação de glicose na urina;
  • Desidratação em alguns pacientes, especialmente se não houver uma hidratação adequada;
  • Possibilidade de cetoacidose diabética, embora rara, especialmente em pessoas com diabetes tipo 1. Nessa população , estudos ainda são necessários para avaliarem seu real beneficio como complemento da insulinoterapia.

Novidades e tendências

O uso dos inibidores de SGLT2 está se expandindo para além do diabetes tipo 2. Estudos têm avaliado sua aplicação em outras condições, como insuficiência cardíaca e doenças renais crônicas, com resultados promissores. Isso mostra como a medicina está caminhando para tratamentos mais integrados e personalizados.

Dica:
Se você tem diabetes tipo 2 ou está preocupado com a saúde do coração e dos rins, converse com o seu médico sobre os inibidores de SGLT2. Eles podem ser um importante aliado no seu tratamento e na prevenção de complicações. Lembre-se: cada pessoa é única, e apenas um especialista pode avaliar o que é melhor para o seu caso!