Alimentação Anti-inflamatória e Intestino Saudável

|

Flávia Libonati

Cada vez mais ouvimos falar sobre “alimentação anti-inflamatória” — e não é moda passageira. Esse padrão alimentar está profundamente conectado com a prevenção de doenças, o equilíbrio hormonal e, especialmente, com a saúde do intestino.

A inflamação crônica de baixo grau, silenciosa e persistente, é uma das grandes vilãs da saúde moderna. Ela está associada a doenças autoimunes, obesidade, diabetes tipo 2, depressão e desequilíbrios hormonais. E adivinha? O intestino é um dos pontos-chave nesse processo.

A parede intestinal funciona como uma barreira de defesa. Quando essa barreira está danificada — um quadro conhecido como “intestino permeável” — substâncias que deveriam ser eliminadas acabam entrando na corrente sanguínea, ativando o sistema imunológico e gerando inflamação. Por isso, proteger e nutrir essa barreira é essencial.

A alimentação anti-inflamatória propõe eliminar ou reduzir alimentos que provocam ou sustentam a inflamação, como açúcar refinado, farinhas brancas, embutidos, frituras, refrigerantes e ultraprocessados em geral. E, ao mesmo tempo, valoriza o consumo de alimentos naturais e integrais, ricos em fibras, antioxidantes, gorduras boas e compostos bioativos.

Frutas vermelhas, cúrcuma, gengibre, azeite de oliva, castanhas, folhas verdes, sementes, peixes gordurosos e alimentos fermentados são alguns exemplos de ingredientes com alto potencial anti-inflamatório. Eles ajudam a equilibrar a microbiota intestinal e a reforçar a integridade da mucosa digestiva.

Tratar o intestino com carinho é um dos maiores atos de autocuidado. Ele influencia o humor, a imunidade, o peso e até a qualidade do sono. E essa saúde começa na escolha dos alimentos que colocamos no prato, dia após dia.