A medicina avança constantemente em busca de melhores métodos diagnósticos para doenças complexas, e um exemplo significativo é a introdução da dosagem sérica de serotonina através da cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) pelo Fleury.
Este teste torna-se uma ferramenta valiosa para identificar a síndrome carcinoide, um tipo de câncer que apresenta sintomas variados, como vermelhidão no rosto, cólicas, diarreia e broncoespasmo.
A serotonina, um composto derivado do aminoácido triptofano, ganhou notoriedade com o desenvolvimento de medicamentos antidepressivos, como a fluoxetina, que atuam como inibidores seletivos da recaptura de serotonina, melhorando os sintomas de depressão e distimia.
Contudo, é importante notar que apenas uma pequena fração da serotonina (1%) está presente no sistema nervoso central, o que indica que sua medição não é eficaz para o diagnóstico ou acompanhamento de condições neuropsiquiátricas.
A maior parte da serotonina está no sistema digestivo, especificamente nas células enterocromafins, de onde é liberada para a circulação. Ela pode ser metabolizada em ácido 5-hidroxiindolacético (5-HIAA), medido na urina, ou absorvida pelas plaquetas.